Raio do Padre

O Francisco Louçã foi um tenrinho em vir dizer que demitia o Alberto João se fosse eleito Presidente. Sem dúvida que uma vez absolvido, seria novamente reeleito, tal como foi há mês e meio atrás. A grande questão a ser debatida é o controlo que deve ser feito aos candidatos, sobretudo quando são membros de cargos políticos, para evitar usurpação de competências para benefício próprio, o que acontece, tal como Louçã alega, na Madeira, com todas as inaugurações em cima de campanhas, fazendo-se dificilmente a distinção do presidente da região, com o candidato. E caso se venham a verificar tais ilegalidades quais as verdadeiras consequências? Contudo, uma vez cumprida a sanção imposta, nunca se pode negar o direito a ser eleito, direito esse que a nossa CRP tanto defende (e que tão bem os candidatos, ontem em debate, sublinharam a importância).
Esta questão foi rapidamente posta de lado no debate de ontem entre o Louçã e o Alegre, num debate novamente medíocre. Parecia que ambos estavam ali a defender a sua pessoa e honra sobre posições tomadas no passado, do que propriamente a discutir o que podem fazer ou querem fazer enquanto Presidentes da Republica.