Uma Rua ao Frio

O contraste do frio do chão coberto de neve e o calor que vem de dentro do casaco. O choque do ar gelado com o respirar.

terça-feira, março 28, 2006

A música está no ar!

Fala-se de música. Em aberto, a "indústria" da música declara-se estar a perder força de mercado, anunciando-se uma potencial derrotada e vítima das novas tecnologias: a Internet.
Curioso, como um mundo que tornou a música numa máquina de vender, tirando-lhe o seu significado inicial: a música enquanto arte, se veja agora derrotada no seu próprio jogo. Mas foi por se ter tornado num objecto oco de tal forma, que o consumo é agora feito em massa, apenas interessando a melodia, num ficheiro partilhado, igual a tantos outros, perdidos num pc, e como tal, já não é preciso um cd. Este tornou-se inútil, faz-nos questionar: porquê pagar?
Bernardo Sassetti, numa entrevista à Xis do dia 18 de Março, dizia que a razão disto tudo tem a ver com o facto de sermos bombardeados por todos os lados por música, o que leva à banalização desta. Na minha opinião, e ligado a esta ideia, parece que assistimos a uma funcionalização da música. A música deixou de ser um fim em si, mas passou a servir algo: música para dançar, música bem disposta, música calma, música de fundo, etc...
Eu sou, e parafraseando G., um antiquado alternativo, que gosta de ter o cd ou vinil por tudo aquilo que representa. É um bem de cultura, e não um produto de consumo.
Afinal, quem vende mais, o músico ou os D’Zrt?