Uma Rua ao Frio

O contraste do frio do chão coberto de neve e o calor que vem de dentro do casaco. O choque do ar gelado com o respirar.

quarta-feira, junho 14, 2006

que noite

Esta noite acordei com o calor. Precisava de água, mas o sono impedia o corpo de qualquer acção. Lentamente, despertando os sentidos, apercebi-me que a noite estava agitada. O fascinante barulho da chuva a cair era contínuo. Abri os olhos e por segundos o quarto ficou iluminado. Levantei-me e esquecendo a sede, sentei-me junto à janela a admirar o espectáculo que lá fora corria. A natureza orquestrava uma melodia wagneriana, tendo o céu iluminado como pano de fundo. Como era belo aquele céu terrível… Voltei para a cama e adormeci embalado pela tempestade.

1 Comments:

  • At 2:35 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Subscrevo o fascínio.

    De wagneriana tinha muito, ao ponto de me fazer recordar um daqueles duelos extraordinários - cujo enquadramento emocional e sensorial já não partilhamos - de tempos idos: o das madeiras dos cascos, teimosas, com as bofetadas salgadas das ondas do mar. Imaginei o Holandês Voador, pois claro, essa magnífica lenda passada a ópera pelo referido alemão.

    T.

     

Enviar um comentário

<< Home