que noite
Esta noite acordei com o calor. Precisava de água, mas o sono impedia o corpo de qualquer acção. Lentamente, despertando os sentidos, apercebi-me que a noite estava agitada. O fascinante barulho da chuva a cair era contínuo. Abri os olhos e por segundos o quarto ficou iluminado. Levantei-me e esquecendo a sede, sentei-me junto à janela a admirar o espectáculo que lá fora corria. A natureza orquestrava uma melodia wagneriana, tendo o céu iluminado como pano de fundo. Como era belo aquele céu terrível… Voltei para a cama e adormeci embalado pela tempestade.
1 Comments:
At 2:35 da manhã, Anónimo said…
Subscrevo o fascínio.
De wagneriana tinha muito, ao ponto de me fazer recordar um daqueles duelos extraordinários - cujo enquadramento emocional e sensorial já não partilhamos - de tempos idos: o das madeiras dos cascos, teimosas, com as bofetadas salgadas das ondas do mar. Imaginei o Holandês Voador, pois claro, essa magnífica lenda passada a ópera pelo referido alemão.
T.
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