Tarde de Verão
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Não ia com uma necessidade de explorar a zona, sobretudo porque já conheço boa parte dela. Não. Apenas queria seguir um caminho, sentir o cheiro do mar e do campo, apanhar com a leve brisa que se fazia sentir. Foi inevitável seguir caminhos velhos, tal como foi inevitável seguir a curiosidade de caminhos novos.
Depois de passar a praia das maçãs, a paisagem torna-se um tanto original. A rapidez com que se passa de típica paisagestem de costa, para uma paisagem
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bem rural é bastante impressionante. Deixei-me andar por estradas, ruas e caminhos, lentamente, absorvendo todo e qualquer promenor. É curioso como tendo passado tantas vezes de passagem por caminhos e não ter notado em inúmeras pérolas da paisagem, mesmo até os vários nomes originais de terras, tais como Bolembre ou Casal de A-dos-Eis
The Sky is the limit... ou talvez a gasolina. Creio que teria continuado indefinidamente por aquela estrada onde quer que fosse que me levasse. O medo de ficar parado sem "pernas para andar" no meio do nada levou-me a voltar para trás.
Já de volta a terrenos conhecidos, apercebi-me que levados pela monotonia e o hábito, deixamos de olhar para o que nos rodeia. Coisas tão bonitas que lhe tiramos o valor pela simples razão de estarem sempre ali.
Coisas novas, coisas velhas, coisas velhas restauradas, coisas novas por restaurar. Apenas mudanças no dia a dia parecem deixar a sua marca. O que aqui há muito está é pisado pela rotina, perdendo a beleza aos olhos de quem está fixado apenas no que vem à sua frente. Por vezes é bom não olhar em frente. Ter tempo para ir devagar e ver também o que está ao nosso lado.
De que me serviria se a mota andasse mais depressa. Não tinha nem pressa, nem destino...
(fotografias por eu)
1 Comments:
At 5:11 da tarde,
Anónimo said…
Enjoyed a lot! » »
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