Uma Rua ao Frio

O contraste do frio do chão coberto de neve e o calor que vem de dentro do casaco. O choque do ar gelado com o respirar.

domingo, julho 09, 2006

Tarde de Verão

Ontem, depois de um longo almoço no jardim, decidi ir dar uma volta. Apetecia-me arejar e ver belas vistas que a nossa costa proporciona. Peguei na mota (uma scooter que não dá mais de 60) e segui, desde Almoçageme, pela estrada que acompanha a costa. Sem destino, fui seguindo de praia em praia, apenas decidindo o caminho em cima de cada cruzamento.








Não ia com uma necessidade de explorar a zona, sobretudo porque já conheço boa parte dela. Não. Apenas queria seguir um caminho, sentir o cheiro do mar e do campo, apanhar com a leve brisa que se fazia sentir. Foi inevitável seguir caminhos velhos, tal como foi inevitável seguir a curiosidade de caminhos novos.
Depois de passar a praia das maçãs, a paisagem torna-se um tanto original. A rapidez com que se passa de típica paisagestem de costa, para uma paisagem

bem rural é bastante impressionante. Deixei-me andar por estradas, ruas e caminhos, lentamente, absorvendo todo e qualquer promenor. É curioso como tendo passado tantas vezes de passagem por caminhos e não ter notado em inúmeras pérolas da paisagem, mesmo até os vários nomes originais de terras, tais como Bolembre ou Casal de A-dos-Eis







The Sky is the limit... ou talvez a gasolina. Creio que teria continuado indefinidamente por aquela estrada onde quer que fosse que me levasse. O medo de ficar parado sem "pernas para andar" no meio do nada levou-me a voltar para trás.

Já de volta a terrenos conhecidos, apercebi-me que levados pela monotonia e o hábito, deixamos de olhar para o que nos rodeia. Coisas tão bonitas que lhe tiramos o valor pela simples razão de estarem sempre ali.

Coisas novas, coisas velhas, coisas velhas restauradas, coisas novas por restaurar. Apenas mudanças no dia a dia parecem deixar a sua marca. O que aqui há muito está é pisado pela rotina, perdendo a beleza aos olhos de quem está fixado apenas no que vem à sua frente. Por vezes é bom não olhar em frente. Ter tempo para ir devagar e ver também o que está ao nosso lado.
De que me serviria se a mota andasse mais depressa. Não tinha nem pressa, nem destino...

(fotografias por eu)

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