Uma Rua ao Frio

O contraste do frio do chão coberto de neve e o calor que vem de dentro do casaco. O choque do ar gelado com o respirar.

terça-feira, julho 31, 2007

tempo de partida

(fotografia por eu - Bruxelas)

1 Comments:

  • At 10:48 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Partir - ouvindo a noite bater
    contra os vidros da memória! Linhas
    sucedendo às linhas, nos grandes
    continentes onde o gelo se desfaz
    num curso de rios disperso no mapa
    da vigília. Deixar que o ruído
    dos carris embacie as frases murmuradas
    no corredor, enquanto os viajantes
    procuram um bar por entre
    as carruagens. Decorar nomes de cidades
    que a treva oculta, e só se deixam
    adivinhar num súbito brilho de estação
    onde alguém dorme, num banco
    de madeira, sob o relógio parado
    num outro século. Respirar o calor
    tépido dos dormitórios improvisados,
    convivendo com sombras que
    ressonam uma ressaca de álcoois
    baratos. E ver a imagem
    que nasce num súbito abrandar
    de rodas, perto da fronteira,
    deitando sobre mim um olhar
    que ainda hoje não sei ler, como
    se a sua linguagem se tivesse
    perdido num alfabeto de velhas
    emoções.

    Poema de N.J

     

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