Vaidade da geração? (inspirado no comentário do Tiago ao post sobre os blogs do lado)
A blogoesfera teve uma explosão enorme desde a sua aparição. Pode ser mesmo considerado um fenómeno, que aliás foi adoptado não só pela nossa geração, mas também por pessoas doutras gerações tendo como exemplo o blog causanostra. Mas, por razões obvias, é a nossa geração que mais se dedica a exprimirem-se pelos blogs. Primeiro de tudo tem logo a ver com o facto de cada vez mais os adolescentes se dedicarem à “comunicação indirecta” (messenger, sms, etc) e passarem horas na internet, preferindo isso a uma boa conversa de café. Segundo, penso que passa muito pela vontade de se exprimir, não por vaidade mas realmente por necessidade. Há aquela ideia constante nesta geração de grão de areia no deserto e que tudo o que se faz ninguém dá por isso e não vale de nada. Basta olhar para a maneira dos jovens encararem a politica e o direito de voto. Logo é uma escapatória para tentar ser ouvido. Eu não sinto que me enquadre neste plano geral de pessoas da minha idade, sou uma pessoa que gosta de falar face-to-face, mas mesmo assim sinto a necessidade de me exprimir para outro publico, de outra maneira, expôr as minhas ideias para ver se alguém que não liga a nada passe a interessar-se por outras coisas apesar de consciente que provavelmente só os meus amigos por aqui aparecerão. Eu escrevo na Abébia Vádia e foi exactamente por isso que me juntei; Debater e expôr ideias para que sejam ouvidades, num mundo em que a politica se baseia em guerras sem interesse de poder e celebridade pessoal.
Enfim esta é a minha ideia por isso gostava que quem quisesse, deixasse o seu comentário sobre este assunto que o Tiago levantou.
Enfim esta é a minha ideia por isso gostava que quem quisesse, deixasse o seu comentário sobre este assunto que o Tiago levantou.
2 Comments:
At 3:06 da manhã, Tiago Cristóvão said…
Estou-me a sentir um tele-espectador do "Opinião Pública" que levanta as questões a serem levantadas.
Mas a temática é interessante e debate-se sempre em torno da receptividade das pessoas umas às outras e da relatividade dada às distâncias reais e virtuais mesmo para expressão de ideias.
Em Portugal aliás acho que nunca chegámos a recuperar de um déficit de expressão pessoal, não temos pessoas como noutros locais a pregar nos jardins os seus ideais, o problema essencial é que um blog transformou-se num veículo fácil para a contradição da própria auto-censura que nos faz ter vergonha de ter uma opinião que seja de outros assuntos que não o mais provável a sair da Quinta.
At 8:39 da manhã, Anónimo said…
Por que nao:)
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