Uma Rua ao Frio

O contraste do frio do chão coberto de neve e o calor que vem de dentro do casaco. O choque do ar gelado com o respirar.

domingo, dezembro 24, 2006

Mari-chis-mas

Durante toda a semana sentia-se um ambiente de descontração no escritório. Parecia que o Natal fazia todos esquecerem o stress do trabalho (e eventual stress de prendas de última hora), e cada um andava com um sorriso pelo corredor. Ali, parecia que o Natal tinha chegado com todo o seu espírito (longe de tudo o que parece caracterizar a época natalícia na sociedade de hoje).
Sexta-feira, hora de almoço. Iniciou-se uma longa troca de e-mails natalícios. Desde as mais formais boas festas, a postais de natal versão xxx, passando por clássicas brincadeiras com pai natal e companhia, ou mesmo a combinação de umas imperiais antes do regresso a casa. Mais uma vez, parecia que estava tudo muito relaxado com o que tinha para fazer.
Mas de repente, fez-se silêncio. Os mails pararam, os corredores ficaram vazios, e foi até à última a acabar o trabalho, evitando ter que fazer trabalho de casa na consoada.

Quando saí eram poucos os que ficavam. Enquanto caminhava para casa, esboçava um sorriso, pela surpresa de ter sentido, do sítio menos provável (o emprego), um verdadeiro espírito natalício! Não os mails, não o jantar de natal, mas sim uma ligação invulgar entre as pessoas. Não são família, e muitos não são grandes amigos, mas não, deixou de se sentir um verdadeiro espírito de confraternização!