domingo, outubro 22, 2006
Quem tramou a formiga que atravessava a relva acabada de cortar num domingo de sol, guiada por uma missão de vida que a levava às migalhas que indiciavam uma refeição arejada à sombra de um velho sobreiro?
Sitges - Barcelona
Cheguei ontem de Sitges, uma terrinha ao pé de Barcelona. A terra de referência para os intelectuais e os gays espanhóis (pelo menos é o que dizem, não sei é se é cumulativo). Albergou esta semana o Compendio, um evento organizado pela sociedade onde estou a estagiar, no qual fazem um brainwash, perdão, um team building, a todos os que este ano entraram na sociedade a nível europeu. E apesar de todo o meu cepticismo, penso que funciona. Não porque nos obrigam a almoçar e jantar à mesa com pessoas que nunca vimos na vida e provavelmente nunca voltaremos a ver. Não porque estivemos a jogar paintball e matraquilhos humanos. Mas sim porque, depois de 4 dias intensos a apercebermo-nos que há pessoas que têm o mesmo papel que nós na sociedade com o mesmo nome, e enfrentam os mesmos problemas, e aí é que vêm os discursos dos sócios mais importantes da sociedade que se revelam extremamente inspiradores. União, ambição, dedicação, etc. Não sei se pelo cansaço, se pela comida luxuosa mas enjoativa, mas aquelas palavras começavam a fazer sentido. Um objectivo que nasceu com um senhor, estava agora a entrar nas nossas cabeças com a maior da naturalidade.
No regresso, ficam dias na memória em que o espírito entre as pessoas é valorizado, mas na realidade, é com aqueles que partilho o dia-a-dia, que mais senti uma proximidade cada vez mais crescente.
No regresso, ficam dias na memória em que o espírito entre as pessoas é valorizado, mas na realidade, é com aqueles que partilho o dia-a-dia, que mais senti uma proximidade cada vez mais crescente.
(fotografias por eu)